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Aves brasileiras – Álbum da Natureza


Angelica Fujishima / Fotografias Jonatas Rocha

Conhecer os animais que são símbolos da biodiversidade é muito importante, principalmente para que haja apoio da população em trabalhos realizados. Cada espécie possui sua particularidade, sendo assim, é importante saber detalhes sobre elas para seu melhor manejo. Entretanto, a conservação deve ser feita por todos, mas nem sempre os cidadãos em geral conhecem o básico sobre as espécies e sua importância. Por isso, é indispensável que o conhecimento científico não fique somente no ambiente acadêmico, mas seja disseminado pela sociedade, para que esta possa acompanhar, ter real opinião e saiba como ajudar na conservação das espécies. Assim, você pode conferir a segunda parte do Álbum da Natureza - Aves do Brasil que pode ajudar nesse conhecimento e aproximação.


Mutum-de-penacho • Crax fasciolata (Spix, 1825)
Da família dos cracídeos, o mutum-de-penacho tem distribuição entre Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina. Eles gostam de florestas tropicais úmidas e apresentam um dimorfismo sexual característico, onde os machos possuem uma crista de penas negras e encaracoladas, a base do bico amarelada e região cloacal de cor branca. Já as fêmeas mostram uma crista de penas brancas e pretas e plumagem negra com algumas penas castanhas no abdômen e na região da cloaca. Sua alimentação é basicamente de frutos, flores e sementes. Possuem sua época de reprodução entre novembro e dezembro, geralmente com dois ovos. A conservação dessa espécie é importante, pois não é ameaçado no Brasil, mas no mundo tem situação vulnerável e, uma subespécie dele, a Crax fasciolata pinima tem situação de criticamente ameaçada, sendo encontrada somente no PA e MA. As principais causas de sua vulnerabilidade são a degradação e diminuição de seu hábitat.
   

Araçari-castanho • Pteroglossus castanotis (Gould, 1834)
É um Piciforme, cujo nome científico significa “ave de orelha castanha com a língua emplumada”. Estes pássaros formam grupos grandes e bastante barulhentos, tendo como única diferença entre o macho e a fêmea o bico e o tamanho, sendo ambos maiores no macho. Há duas subespécies derivadas desta, a Pteroglossus castanotis castanotis que tem sua ocorrência na Colômbia, Equador, Peru e o Brasil e a Pteroglossus castanotis australis encontrada em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, no Paraguai, Bolívia e Argentina. Sua alimentação é baseada em frutos, insetos, filhotes e ovos de outros pássaros. Fazem seus ninhos em árvores ocas e sua época de reprodução é entre a primavera e verão, colocando de 2 a 4 ovos e dividindo o cuidado parental entre os pais.
   

Pica-pau-de-topete-vermelho • Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788)
Também reconhecido como pica-pau-de-garganta-preta é um Piciforme que tem como significado do seu nome “ave branca e preta que adora lagartas”. Apresenta dimorfismo sexual, sendo a principal característica dos machos o topete vermelho. Há três subespécies, sendo elas: Campephilus melanoleucos melanoleucos, Campephilus melanoleucos malherbii e Campephilus melanoleucos cearae. Se alimenta de larvas de insetos que vivem dentro de árvores mortas e frutas, e seus grupos podem ser formados por casais ou até por cinco indivíduos. Seus ninhos podem ser compostos de 2 a 3 ovos, constantemente predados por araçaris. Pode ser encontrado no Brasil, Panamá, Argentina, Paraguai e Bolívia. No Brasil, ocorre em quase todo o território nacional, exceto no sul do Brasil e algumas localidades do sudeste. Por conta de sua grande distribuição, possui status de vulnerabilidade pouco preocupante.
 

Guaracava-modesta • Sublegatus modestus (Wied, 1831)
É um pássaro conhecido como Sertanejo. Seu nome científico têm significado de “modesta similar a um governador”, não apresentando dimorfismo sexual tendo como cor predominante de plumagem o cinza. Possui duas subespécies, a Sublegatus modestus modestus e a Sublegatus modestus brevirostris. Pode ser encontrada no nordeste e cerrado brasileiros e possui situação de vulnerabilidade pouco preocupante por sua população ser muito grande.
 

Coruja-buraqueira • Athene cunicularia (Molina, 1782)
Este pássaro tem vários nomes populares conhecidos, como caburé, corujinha-buraqueira, guedé e urucuriá, tendo como significado do nome científico “coruja que cava túneis”. A coloração deste animal é característica para que haja camuflagem com a terra, possuindo tons ferrugem. O macho e fêmea da espécie são tão parecidos que é difícil diferenciá-los. Tem a audição tão aguçada que consegue encontrar suas presas somente com este sentido, alimentando-se de roedores e insetos. Possui vinte e duas subespécies, têm sua reprodução durante março e abril fazendo seus ninhos sob o solo, fazendo tocas de até 2 metros de profundidade, pondo de 7 a 9 ovos. Sua ocorrência é em toda a América do Norte e do Sul. Tem seu estado de vulnerabilidade em pouco preocupante por conta de sua grande distribuição e população.

 LEIA MAIS  Gostou de saber mais sobre algumas espécies de aves? Acesse a primeira parte de Álbum da Natureza – Aves Brasileiras e também acompanhe notícias sobre a natureza.

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