Tamanduá-bandeira, natureza e biodiversidade!

Um balanço deste setembro

Rodrigo 

O mês de setembro proporciona algumas referências importantes para o Instituto. Há alguns anos foi nesse mês que iniciaram os procedimentos para a fundação. É também um mês com temática ambiental ampla, pois temos o Dia do Biólogo, da Amazônia, do Veterinário, do Cerrado, da Árvore, da Defesa da Fauna quando podemos recolocar valorizações e pontos de vista sobre a natureza. Mais recentemente passou a ser o mês do Congresso sobre Vida Silvestre que organizamos e que no setembro atual chegou a terceira edição. A partir desses marcos e de acontecimentos mais recentes, vale registrar sobre esse período especial.

Depois desse longo período no qual todo mundo atravessa restrições - são muitas - sanitárias, no Instituto tivemos oportunidades, melhorias e limitações, todas de muita importância. Também é difícil para uma organização, seja qual for o tamanho, seguir a trajetória a fim de atingir a missão já estabelecida em momentos tão adversos. Contudo, seguimos em frente. Quais serão os desafios e as mudanças a serem adotadas, continua uma pergunta recorrente e cada vez mais atualizada. Seguimos.

As datas continuam lembradas e também trazem maiores significados. Aumentou a taxa de desmatamento na Amazônia. É importante celebrar o Cerrado, mas e os incêndios? Nos últimos tempos, especialmente nesse mês, pontos com fogo acontecem no Cerrado, mas não somente nele. A Caatinga também tem incêndios com aumento de mais de 160% em relação à mesma época do ano passado. No Pantanal a situação segue muito difícil. A região sofre com uma seca prolongada, causada por muitos fatores associados à atividade humana, e teve incêndios de grandes proporções. Esse ano novos focos no Pantanal continuam a ameaça à biodiversidade. Importante ressaltar sempre, que a natureza não consegue se recuperar de incêndios tão grandes e frequentes, principalmente a fauna. Quando os animais não perdem a vida, ficam com a alimentação comprometida dada a devastação. Mesmo com todos os esforços das brigas de incêndios com trabalho exemplar e o conhecimento adquirido por meio de estudos, os incêndios têm atingido muito a natureza, sendo as explicações possíveis as mudanças climáticas e as atividades humanas associadas.

Após a passagem do fogo na Floresta Nacional de Brasília, um dos incêndios no Cerrado esse mês.

Mesmo com todas as ocorrências no meio ambiente do Brasil, tivemos a realização do 3° Congresso Brasileiro de Vida Silvestre. Com uma maior participação de projetos ambientais dedicados a fauna e flora principalmente, recebemos ao longo dos dias de realização do Evento representantes de estudos e organização da sociedade civil que trouxeram as informações mais recentes sobre a vida silvestre, além de trabalhos de grupos de pesquisa. Nas sessões, as palavras mais frequentes foram espécies ameaçadas, reabilitação, educação ambiental, pesquisa e recuperação, dentre outras, com representantes no compromisso de trazer as valorosas contribuições a estudantes e profissionais presentes e com interesse no tema do Congresso. A edição estará disponível para pessoas interessadas nos registros documentais de cada palestra e que não puderam estar presentes ao vivo ou que queiram ver o conteúdo. Novamente foi uma edição rica de conhecimento e interações.

Fechamos com a importância de valorizar as datas, de acompanhar as informações mesmo que elas não sejam as melhores e da importância da sociedade civil organizada. Com atenção ao passado, seguimos ao futuro, ainda que seja com uma projeção pouco favorável. 

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