Ângulo Cerrado
O Cerrado oferece vistas espetaculares. Cada ângulo traz uma forma diferente de perceber a natureza nesse bioma. Na edição especial da Natu, publicada no Dia do Cerrado, preparamos uma inédita coleção de ângulos para retratar esse bioma nacional, com animais, plantas e paisagens.
Caliandra é o nome comum dado a várias espécies de plantas pertencentes ao gênero Calliandra, que faz parte da família Fabaceae. Conhecida por sua aparência exuberante e vibrante, com pétalas em tons de vermelho, rosa ou branco, é frequentemente cultivada como planta ornamental devido à sua beleza. Suas flores atraem polinizadores, como abelhas e borboletas, e são uma característica marcante em jardins tropicais e subtropicais.
Borboletas são animais frequentemente avistados no Cerrado, com grande importância nos processos ecológicos. Essa é uma borboleta da espécie Vanessa myrinna. Existem vários grupos e cada um deles pode ter preferência própria para viver, de áreas mais florestais a regiões mais campestres.
Nas formações mais campestres, é possível encontrar sempre-viva ou chuveirinho, uma das plantas símbolo do Cerrado. Possui um tamanhos variados e pertencem à família Eriocaulaceae. Sua época de floração é de março a julho e a polinização acontece por meio de insetos.
O pequizeiro ou pequi é nativo do Cerrado, é uma planta arbórea, perene, frutífera, alimentícia e pode chegar a cerca de 15 metros de altura. Suas folhas são compostas, possuem cor verde escuro e certo brilho, as nervuras podem ser vistas facilmente, são cheias de detalhes. As flores e os frutos são muito atrativos aos animais.
No grupos de animais que são atraídos pelas plantas temos as araras-canindé, uma das espécies emblemáticas do Cerrado brasileiro, também conhecida como arara-de-barriga-amarela, arari, arara-amarela, arara-azul-e-amarela e araraí. É a espécie da arara mais comum em Brasília e região. As araras-canindés podem viver em pares, trios ou bandos com muitos indivíduos.
De aves que vivem em bandos no Cerrado, temos a gralha-do-campo, ou também gralha-do-cerrado, são animais que têm dieta variada, de vegetal a insetos, a exemplo dessa gralha com alguma estrutura floral no bico. Elas costumam alternar entre os galhos das árvores e arbustos.
Muitos arbustos floridos de cor forte na paisagem podem ser quaresmeiras, plantas com folhas de nervuras paralelinérveas e que pertencem a família Melastomataceae. Pode ser encontrada no porte mais arbustivo ou arbóreo em substrato terrícola e chegar a alguns metros de altura. Costuma povoar microrregiões e formar pequenos bosques que mudam de cor na floração, especialmente as flores roxas.
Os bosques no Cerrado abrigam muitas espécies, inclusive répteis, como essa cobra-de-vidro. Curiosamente essa cobra é um lagarto. Recebe o nome popular pela semelhança a cobras e pelo brilho que tem, que lembra a superfície brilhosa de um vidro. Esses animais compõem a teia alimentar de onde vivem.
Pela ampla dieta que possui, de frutos a répteis, dentre outras, o lobo-guará apresenta uma grande importância ecológica, pois é um animal dispersor de sementes. Possui membros longos e finos, destacando-se da vegetação pela coloração dos seus pêlos, orelhas compridas, as longas pernas finas que auxiliam na locomoção e visualização do ambiente que habita, seja vegetação primária ou secundária, quando apresenta interferência humana.
Dos símbolos do Cerrado, o tamanduá-bandeira é conhecido por sua língua longa usada para se alimentar de insetos, como formigas e cupins. São animais solitários, noturnos e têm pelagem cinza-claro a marrom-avermelhado com faixas brancas. Enfrentam ameaças devido à perda de habitat e caça ilegal, dentre outras causas, sendo considerados vulneráveis a extinção. Sua conservação envolve a proteção do ambiente natural e meios para uma melhor convivência com as pessoas.
Ação
Somado à Caatinga, o Cerrado também não está reconhecido como patrimônios brasileiros pela Constituição do Brasil. Para colaborar num movimento em prol desses biomas, temos uma campanha a fim de sensibilizar mais pessoas sobre as questões relacionadas aos sertões do Brasil, sua flora, sua fauna, sua biodiversidade, sua gente, enfim, a sua natureza.
Você pode ajudar no abaixo assinado para a PEC 504/10 que prevê o reconhecimento dos biomas Caatinga e Cerrado, como Patrimônios Nacionais, clicando aqui.
Natu Ângulo Cerrado • 11/09/2023 • Redação • Direção: Rodrigo Viana; Edição: Larissa Grativol; Keizy Leticia; Rayssa Ribeiro; Vívian Carine. Fotografias: Bruno Luka; Larissa Grativol; Rodrigo Viana; Acervo Instituto Jurumi.
Essa Edição especial é associada à Natu do Instituto Jurumi.
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